quinta-feira, 3 de julho de 2008

Encontro

Há muito perdi a tão querida capacidade (...)
Porém o desejo ainda impera em mim,
mas depois de debruçar sobre os livros... impossível.
Refletir sobre a vida, inevitável não sofrer
Hipersensibilidade aos ouvidos e olhos,
o aluminio me dói os dentes ,
as palavras ferem a alma, sem bálsamo, sem alívio,
fingir, talvez a melhor saída;
do contrário enlouquecer, ótima alternativa.
A casa verde ainda me espera,
ao contrário do que se pensa já se esvaziou, poucos a residem, muitos se adaptaram.
Portão aberto, entro e não sou recebido por nenhum igual.
Um cachorro preto a porta, moscas a sua volta .
Encostado no portão um menino igualmente preto, imóvel,
olho em seus olhos, paralizo: escuridão, luz, sol, galáxias, mar, florestas, pastagens, azul, branco, queda, choro, dor e novamente escuridão.
Jogado no chão, vejo que não há volta.
Só me resta fingir

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