segunda-feira, 6 de abril de 2009

Depois de

Depois de muito tempo sumido resolvi reaparecer, escrever. Talvez esse seja um passo importante para voltar a respirar, sendo assim deixo este pequeno texto que escrevi há alguns dias..


Falo sempre o que penso...
Mas podo tanto a pequenina árvore que cresce no canto do meu quarto
que ao fim ela fica sem sentido, diferente, distante de sua forma original.
Assim ela nunca baterá no teto,
nunca verá a luz,
nunca renovará o meu ar.
E ela se magoa com tanta frustração, se encolhe, recolhe-se e diminui,
suas folhas caem, seu raquítico tronco se seca.
A morte está por vir...
E na iminência de seu fim, como mágica ou milagre
brota em seu último galho uma pequenina folha.
Que em breve também será podada.
...mas quase nunca falo.

2 comentários:

Pensar e registrar disse...

Falo tudo o que penso?
Mas será que o que falo é pensado? Medido? Às vezes as ideias nos traem, passam por nós mas são de outros. Os pensamentos são diferentes, são nutridos, cuidados com tempo e esforço.
Então fica uma dica de jardinagem para sua árvore: volte à raiz, cuide da raiz, redescubra e firme-a. Sei que vai encontrar coisas boas e ruins esquecidas, mas acima de tudo vai se reencontrar.

Um abraço,
Que ele sirva como regador,

Daniel Vieira Inácio

Pensar e registrar disse...

Não me esqueci de você, não mesmo. Mas as tarefas que assumi me desgastam demais e vivo tentando descansar. Um dia vou descobrir o motivo de tanto cansaço.
Ultimamente minha saúde tem me dado ainda mais trabalho, mas soube que você também não anda muito bem e depois de ler seu texto fiquei com vontade de te encontrar.

Abração,

Daniel Vieira Inácio